Hoje de manhã fui surpreendido com a noticia de que o Baixinho encerrou sua carreira futebolística, pô meu, o cara ainda é novo.
Mas se é para falar de Romário então vamos voltar ao longínquo ano de 66, mais precisamente no dia 29 de janeiro de 1966. Eu estava lá no céu, é lá no céu, sabe aquele estágio divino antes do nascimento? Eu estava lá numa das filas da sala das características e talentos, o foda é que como ninguém explica direito nada eu vi umas minas entrando na fila da feiúra duas vezes, e o duro que não dá para reclamar depois. Bem eu queria ser jogador de futebol, então estava lá na fila do talento futebolístico, nisso surge um baixinho do meu lado e me falou; aí peixe, me disseram que a fila da vontade tá pequenininha, vamos fazer o seguinte, tu vai lá e pega pra nós dois e eu faço o mesmo aqui com o talento, depois a gente divide. Certo parceiro? Bom eu fui lá pra fila da vontade, peguei duas vezes e quando eu voltei o cara já tinha ido embora numa cegonha que tinha saído agorinha. Bom quem já me viu jogar futebol sabe que eu tenho muita vontade, e só, talento que é bom ficou tudo com o grande Baixinho, o Romário. É isso aí, eu nasci no mesmo dia, mês e ano que o Romário e tenho até orgulho disso, fico com a impressão que foi uma data destinada ao nascimento de gente talentosa e modesta.
Mas voltando ao Romário, eu que amo o futebol e acompanho tudo sobre o esporte desde 1977 posso afirmar, foi o melhor atacante que eu vi jogar. E eu vi muita gente boa no ataque; Serginho Chulapa, Reinaldo, Bebeto, Careca, Roberto Dinamite e mais recentemente o Ronaldo Fenômeno. Mas na frente do goleiro, sem duvida o Baixinho foi não só o melhor, mas o mais tranqüilo atacante que eu vi em ação. Ele simplesmente tirava a bola do goleiro, seus gols são variados, mas a grande maioria é composta de gols simples, de um tapinha aonde o goleiro não está. Vendo o Romário jogar a gente têm impressão que fazer gol é algo muito fácil e simples, e realmente é, pra ele, não para o resto dos mortais. Mas também o cara fez muito gol bonito, quando ele estava na Europa e o Fantástico elegia o gol mais bonito, constantemente era dele o gol do Fantástico.
Abaixo têm uma coletânea de gols, em sua maioria da época do PSV e Barcelona.
E na Seleção de 94? A tão falada Era Dunga só foi vitoriosa pelos gols do Romário, a começar pelos dois gols contra o Uruguai que garantiram nossa vaga na copa dos Estados Unidos. E lá nos esteites o baixinho carregou o time, cheio de volantes, do Parreira. Fez gols importantes e deu assistências, foi o melhor jogador daquela copa. Dos cinco gols que ele fez na Copa de 94, os dois contra a Suécia, para mim, foram os mais legais, já que o mais bonito foi contra a Holanda. Eu gosto dos gols contra a Suécia porque no primeiro jogo o cara carrega a bola e da um biquinho, é ele faz o gol de bica, provando que não existe gol feio, feio é não fazer gol. E eu, particularmente, gosto dos gols de bica, pois eram os únicos que eu sabia fazer. Já o segundo gol dele contra a Suécia, feito no jogo da semifinal, mostra o que é ter faro de gol, um cara de 1,69m faz um gol de cabeça, entre dois beques de mais de 1,90m. Ele estava lá, na hora certa, no lugar certo, como sempre. Aliás, desde que o Papai do Céu apontou pra ele e disse; Esse é o cara.
Como jogador de clube, eu não diria que as torcidas adversárias não gostavam do Romário, todos gostavam do Baixinho, o que a gente sentia quando nosso time ia jogar contra o time dele era medo mesmo, medo dele pegar a bola na área. Eu como Palmeirense senti na pele a fúria do baixinho, foram vários gols, mas nada como o ocorrido em 2000. Em março de 2000, na final do Torneio Rio - São Paulo, o Palmeiras virou o primeiro tempo ganhando de 3x0, e no comecinho do segundo tempo o Romário sentiu a panturrilha e saiu, eu que estava lá no Morumbi falei pro meu primo; isso é um Migué. Bom o Verdão fez mais um e fomos campeões e dois dias depois o Baixinho estava jogando futevôlei lá no Viajandão. No mesmo ano, chegamos na final do Mercosul, novamente contra o Vasco, perdemos o 1º jogo em São Januário com gol do Romário, ganhamos o 2º jogo de 1x0 e fomos para o terceiro e decisivo jogo. Parque Antártica lotado e de novo acabou o 1º tempo ganhando de 3x0, na descida para o vestiário a torcida do Palmeiras gritando: Romário Viado, ele mandou a gente esperar com o famoso gesto de mão. Os times voltaram para o segundo tempo e eu profetizei daqui a 5 minutos o Romário dá outro Migué e a gente ganha de novo de 4 a zero. Como eu estava errado, o baixinho resolveu não dar o Migué e ficou em campo e uma das maiores viradas da história do futebol aconteceu. Ele fez o primeiro, fez o segundo, no terceiro ele errou o chute e acabou dando o passe para o Juninho Paulista fazer o gol de empate e aos 48 no ultimo ataque do jogo a bola me sobra na linha da pequena área justamente no pé de quem? Dele, eu me lembro dele colocar o dedo na boca mandando a torcida do Palmeiras ficar quieta, e quem naquele momento poderia falar algo. Três gols, em um único tempo, numa final de campeonato, na casa do adversário, só para quem é predestinado.
Como já disse antes eu amo o futebol, e para quem têm esse sentimento é impossível não admirar o Romário.
Independente de como foram contados os seus muitos gols, eu torci muito para ele fazer o milésimo. Era muito engraçado os "especialistas" de futebol falando que a contagem era não era correta e que no máximo ele teria feito uns 950 gols. Como se fazer mais de 900 gols fosse algo muito simples. Eu não vi o Pelé jogar, mas mesmo assim posso dizer que vi um artilheiro de mais de 1000 gols jogar: Romário.
Aí parceiro, valeu !!!
Mas se é para falar de Romário então vamos voltar ao longínquo ano de 66, mais precisamente no dia 29 de janeiro de 1966. Eu estava lá no céu, é lá no céu, sabe aquele estágio divino antes do nascimento? Eu estava lá numa das filas da sala das características e talentos, o foda é que como ninguém explica direito nada eu vi umas minas entrando na fila da feiúra duas vezes, e o duro que não dá para reclamar depois. Bem eu queria ser jogador de futebol, então estava lá na fila do talento futebolístico, nisso surge um baixinho do meu lado e me falou; aí peixe, me disseram que a fila da vontade tá pequenininha, vamos fazer o seguinte, tu vai lá e pega pra nós dois e eu faço o mesmo aqui com o talento, depois a gente divide. Certo parceiro? Bom eu fui lá pra fila da vontade, peguei duas vezes e quando eu voltei o cara já tinha ido embora numa cegonha que tinha saído agorinha. Bom quem já me viu jogar futebol sabe que eu tenho muita vontade, e só, talento que é bom ficou tudo com o grande Baixinho, o Romário. É isso aí, eu nasci no mesmo dia, mês e ano que o Romário e tenho até orgulho disso, fico com a impressão que foi uma data destinada ao nascimento de gente talentosa e modesta.
Mas voltando ao Romário, eu que amo o futebol e acompanho tudo sobre o esporte desde 1977 posso afirmar, foi o melhor atacante que eu vi jogar. E eu vi muita gente boa no ataque; Serginho Chulapa, Reinaldo, Bebeto, Careca, Roberto Dinamite e mais recentemente o Ronaldo Fenômeno. Mas na frente do goleiro, sem duvida o Baixinho foi não só o melhor, mas o mais tranqüilo atacante que eu vi em ação. Ele simplesmente tirava a bola do goleiro, seus gols são variados, mas a grande maioria é composta de gols simples, de um tapinha aonde o goleiro não está. Vendo o Romário jogar a gente têm impressão que fazer gol é algo muito fácil e simples, e realmente é, pra ele, não para o resto dos mortais. Mas também o cara fez muito gol bonito, quando ele estava na Europa e o Fantástico elegia o gol mais bonito, constantemente era dele o gol do Fantástico.
Abaixo têm uma coletânea de gols, em sua maioria da época do PSV e Barcelona.
E na Seleção de 94? A tão falada Era Dunga só foi vitoriosa pelos gols do Romário, a começar pelos dois gols contra o Uruguai que garantiram nossa vaga na copa dos Estados Unidos. E lá nos esteites o baixinho carregou o time, cheio de volantes, do Parreira. Fez gols importantes e deu assistências, foi o melhor jogador daquela copa. Dos cinco gols que ele fez na Copa de 94, os dois contra a Suécia, para mim, foram os mais legais, já que o mais bonito foi contra a Holanda. Eu gosto dos gols contra a Suécia porque no primeiro jogo o cara carrega a bola e da um biquinho, é ele faz o gol de bica, provando que não existe gol feio, feio é não fazer gol. E eu, particularmente, gosto dos gols de bica, pois eram os únicos que eu sabia fazer. Já o segundo gol dele contra a Suécia, feito no jogo da semifinal, mostra o que é ter faro de gol, um cara de 1,69m faz um gol de cabeça, entre dois beques de mais de 1,90m. Ele estava lá, na hora certa, no lugar certo, como sempre. Aliás, desde que o Papai do Céu apontou pra ele e disse; Esse é o cara.
Como jogador de clube, eu não diria que as torcidas adversárias não gostavam do Romário, todos gostavam do Baixinho, o que a gente sentia quando nosso time ia jogar contra o time dele era medo mesmo, medo dele pegar a bola na área. Eu como Palmeirense senti na pele a fúria do baixinho, foram vários gols, mas nada como o ocorrido em 2000. Em março de 2000, na final do Torneio Rio - São Paulo, o Palmeiras virou o primeiro tempo ganhando de 3x0, e no comecinho do segundo tempo o Romário sentiu a panturrilha e saiu, eu que estava lá no Morumbi falei pro meu primo; isso é um Migué. Bom o Verdão fez mais um e fomos campeões e dois dias depois o Baixinho estava jogando futevôlei lá no Viajandão. No mesmo ano, chegamos na final do Mercosul, novamente contra o Vasco, perdemos o 1º jogo em São Januário com gol do Romário, ganhamos o 2º jogo de 1x0 e fomos para o terceiro e decisivo jogo. Parque Antártica lotado e de novo acabou o 1º tempo ganhando de 3x0, na descida para o vestiário a torcida do Palmeiras gritando: Romário Viado, ele mandou a gente esperar com o famoso gesto de mão. Os times voltaram para o segundo tempo e eu profetizei daqui a 5 minutos o Romário dá outro Migué e a gente ganha de novo de 4 a zero. Como eu estava errado, o baixinho resolveu não dar o Migué e ficou em campo e uma das maiores viradas da história do futebol aconteceu. Ele fez o primeiro, fez o segundo, no terceiro ele errou o chute e acabou dando o passe para o Juninho Paulista fazer o gol de empate e aos 48 no ultimo ataque do jogo a bola me sobra na linha da pequena área justamente no pé de quem? Dele, eu me lembro dele colocar o dedo na boca mandando a torcida do Palmeiras ficar quieta, e quem naquele momento poderia falar algo. Três gols, em um único tempo, numa final de campeonato, na casa do adversário, só para quem é predestinado.
Como já disse antes eu amo o futebol, e para quem têm esse sentimento é impossível não admirar o Romário.
Independente de como foram contados os seus muitos gols, eu torci muito para ele fazer o milésimo. Era muito engraçado os "especialistas" de futebol falando que a contagem era não era correta e que no máximo ele teria feito uns 950 gols. Como se fazer mais de 900 gols fosse algo muito simples. Eu não vi o Pelé jogar, mas mesmo assim posso dizer que vi um artilheiro de mais de 1000 gols jogar: Romário.
Aí parceiro, valeu !!!
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