Em 1982 eu assisti a final de Wimbledon, entre Jimmy Connors e John McEnroe, com vitória do primeiro por 3x2 num jogo pra lá de eletrizante. Foi aí que eu percebi que o Tênis era um puta esporte. É lógico que se tivesse passando Noroeste e XV de Piracicaba eu não ia assistir Tênis, mas se não houvesse futebol eu tinha ganho uma nova opção de esporte.
E a finada Rede Manchete vivia transmitindo os grandes torneios. Eu gostava muito de ver Ivan Lendl, Boris Becker e os memoráveis jogos entre o gelado Björn Borg e o esquentado John McEnroe. Ele não era do nível dos citados, mas o francês Yannick Noah era puro espetáculo.
Nessa época ter um tenista brasileiro disputando um torneio importante, para ganhar, era um sonho tão distante quanto desejar que os políticos brasileiro fossem honestos. Eu até torcia para Carlos Kirmayr, Cássio Motta, Luiz Mattar e Jaime Oncins, mas não passavam a 3ª rodada de qualquer torneio médio.
Até que em 97 alguma coisa estranha estava acontecendo em Roland Garros, depois de vencer dois adversários, na terceira partida um tal de "Guga" iria enfrentar o ex-campeão do torneio, o austríaco Thomas Muster e certamente voltaria para o Brasil, como mandava as nossas tradições do tênis masculino, chegar a no maximo à terceira rodada. Mas tradições existem para serem quebradas e o desconhecido Gustavo passou, e venceu a quarta rodada também.
Nas quartas de final enfrentou o atual campeão do torneio, o russo Yevgeny Kafelnikov, e já estaria bom perder de forma honrosa, o novato havia chegado bem longe. Mas o tênis agora já era uma caixinha de surpresas e o manezinho de Florianópolis venceu, e venceu também a semifinal contra a outra surpresa do torneio, o belga Filip Dewulf, que havia passado pelo quali. Pela primeira vez na historia do tênis brasileiro, um tenista tupiniquim chegara à final de um torneio Grand Slam, finalmente tínhamos uma Maria Esther Bueno de calças.
E na final nosso craque, é porque naquele momento o Tênis já era o segundo esporte nacional, com matérias em todos os canais de televisão e de radio, venceu o bi-campeão do torneio, o espanhol Sergi Bruguera por 3x0.
O resto da historia todos sabem, a conquista do primeiro lugar no ranking da ATP, as vitórias seguidas e a conquista de inúmeros torneios fizeram de Gustavo Kuerten mais um herói brasileiro.
Na minha opinião mais um Pelé que nasceu em território brasileiro, só que dessa vez com uma probabilidade ainda menor de repetição.
Ontem vendo sua despedida no Aberto do Brasil e seu discurso no final da partida, confesso que chorei junto, é muito duro ver alguém tão talentoso para uma atividade ter que encerrar a carreira. Mas com o nível atlético alcançado pelo s tenistas da atualidade fica impossível alguém disputar uma partida sem estar 100% de suas condições físicas.
Nessa época ter um tenista brasileiro disputando um torneio importante, para ganhar, era um sonho tão distante quanto desejar que os políticos brasileiro fossem honestos. Eu até torcia para Carlos Kirmayr, Cássio Motta, Luiz Mattar e Jaime Oncins, mas não passavam a 3ª rodada de qualquer torneio médio.
Até que em 97 alguma coisa estranha estava acontecendo em Roland Garros, depois de vencer dois adversários, na terceira partida um tal de "Guga" iria enfrentar o ex-campeão do torneio, o austríaco Thomas Muster e certamente voltaria para o Brasil, como mandava as nossas tradições do tênis masculino, chegar a no maximo à terceira rodada. Mas tradições existem para serem quebradas e o desconhecido Gustavo passou, e venceu a quarta rodada também.
Nas quartas de final enfrentou o atual campeão do torneio, o russo Yevgeny Kafelnikov, e já estaria bom perder de forma honrosa, o novato havia chegado bem longe. Mas o tênis agora já era uma caixinha de surpresas e o manezinho de Florianópolis venceu, e venceu também a semifinal contra a outra surpresa do torneio, o belga Filip Dewulf, que havia passado pelo quali. Pela primeira vez na historia do tênis brasileiro, um tenista tupiniquim chegara à final de um torneio Grand Slam, finalmente tínhamos uma Maria Esther Bueno de calças.
E na final nosso craque, é porque naquele momento o Tênis já era o segundo esporte nacional, com matérias em todos os canais de televisão e de radio, venceu o bi-campeão do torneio, o espanhol Sergi Bruguera por 3x0.
O resto da historia todos sabem, a conquista do primeiro lugar no ranking da ATP, as vitórias seguidas e a conquista de inúmeros torneios fizeram de Gustavo Kuerten mais um herói brasileiro.
Na minha opinião mais um Pelé que nasceu em território brasileiro, só que dessa vez com uma probabilidade ainda menor de repetição.
Ontem vendo sua despedida no Aberto do Brasil e seu discurso no final da partida, confesso que chorei junto, é muito duro ver alguém tão talentoso para uma atividade ter que encerrar a carreira. Mas com o nível atlético alcançado pelo s tenistas da atualidade fica impossível alguém disputar uma partida sem estar 100% de suas condições físicas.
Num país em que grande parte dos artistas ganha a vida graças aos quadris, o nosso Guga teve que encerrar sua linda carreira por conta do seu quadril. São as ironias divinas.
Só uma coisa, Guga você não precisa pedir desculpas por não conseguir mais jogar, a torcida brasileira é que lhe deve desculpas por não trata-lo como lhe tratam em Roland Garros, como verdadeiro ídolo do esporte.
VALEU GUGA!!!!
Só uma coisa, Guga você não precisa pedir desculpas por não conseguir mais jogar, a torcida brasileira é que lhe deve desculpas por não trata-lo como lhe tratam em Roland Garros, como verdadeiro ídolo do esporte.
VALEU GUGA!!!!
Um comentário:
Valeu Guga mesmo...
Esperemos agora um novo ídolo brasileiro deste belo esporte, não que seja impossível!
Mas ninguém substituirá o lugar do Guga nos corações dos brasileiros!
abraço
http://umpacheco.blogspot.com/
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